Dr. Alcides Rocha

Teste Ergométrico

O teste ergométrico é complementar às informações obtidas pela consulta médica e os exames de repouso, já que as alterações mais precoces das doenças cardiovasculares ocorrem tipicamente aos esforços. Entre outros cuidados, a adaptação da intensidade do teste à idade e nível de condicionamento físico do paciente é fundamental para a segurança e rendimento diagnóstico do exame.

teste-ergometrico1

Informações

Objetivos: 

  • Diagnosticar e avaliar a doença arterial coronária; 
  • Avaliação da capacidade funcional cárdiorrespiratória;
  • Detecção de arritmias, de anormalidades da pressão arterial e de isquemia miocárdica;
  • Avaliação do surgimento de sopros, sinais de falência ventricular esquerda e dos eventuais sintomas que podem acompanhar essas disfunções;
  • Avaliação funcional de doença cardíaca já conhecida;
  • Prescrição de exercícios físicos.

Indicações:

Sua indicação é bastante ampla: na Doença Arterial Coronária, na Hipertensão Arterial, nas arritmias, na população sadia ou aparentemente normal ou em indicações especiais.

Contraindicações:

● Portadores de doença arterial coronária que estão instáveis (sintomas progressivos ou que ocorrem em repouso, angina instável, infarto em evolução) ou que apresentam obstrução no tronco da artéria coronária esquerda ou equivalente;
● Arritmias não controladas;
● Miocardites e pericardites agudas;
● Estenose aórtica grave;
● Hipertensão arterial grave;
● Embolia pulmonar;
● Qualquer enfermidade aguda;
● Limitação física ou emocional;
● Intoxicação medicamentosa;
● Gestação..

Complicações

O risco de complicações graves como infarto, arritmias e parada cardíaca é muito baixo e menor do que 1 para cada 20.000 exames realizados.

Limitações

A sensibilidade (chance de o exame ser positivo quando a doença arterial coronária está presente) e a especificidade (chance do exame ser negativo quando a doença arterial coronária está ausente) do Teste ergométrico situam-se entre 70% e 80%. Algumas vezes, o teste ergométrico pode ser “falso-positivo”, especialmente nas mulheres, sem significar doença arterial coronária obstrutiva.

Como é feito:

O primeiro passo é coletar dados com o paciente e descritos no pedido médico para definirmos a indicação do exame, afastar contraindicações e estabelecer o protocolo ideal de esforço para cada paciente.A seguir são colocados 10 eletrodos no tórax do paciente para o registro do eletrocardiograma. O paciente é colocado então na esteira rolante iniciando-se o exercício com o protocolo escolhido. A interrupção do exame ocorrerá caso o paciente apresente grande cansaço ou exaustão, sintomas indicativos de anormalidades cardiovasculares, alterações compatíveis com isquemia ou alterações significativas do ritmo cardíaco.Traçados eletrocardiográficos e medida da pressão arterial serão registrados antes do esforço, ao final de cada etapa do exercício e regularmente na recuperação.

Orientações e Preparo:

● No dia do exame, após o banho, não utilizar cremes, pomadas ou gel na região do tórax;
● Em homens, poderá ser necessária a raspagem dos pelos da região do tórax, a fim de obter traçado eletrocardiográfico de qualidade. Isso será realizado preferencialmente por meio de aparelho de barbear próprio do paciente (trazer no dia do exame) ou por aparelho descartável a ser disponibilizado pela clínica;
● Vir ou trazer roupa confortável (agasalho/tênis);
● Não fumar 2 horas antes e 1 hora após o exame;
● Dieta normal 2 horas antes ou dieta leve 1 h antes do exame; o paciente não deve fazer o exame em jejum;
● A suspensão de medicação em uso fica a critério do seu médico e na dependência dos objetivos do exame Quando o objetivo é diagnosticar doença arterial coronária, caso seja possível, recomenda-se suspender medicamentos que possam mascarar as manifestações da doença, como betabloqueadores (atenolol, propranolol, metoprolol etc), inibidores dos canais de cálcio (diltiazem, verapamil) e vasodilatadores coronarianos (dinitrato ou mononitrato de isossorbida, nitroglicerina etc);
● Recomenda-se ao paciente não expor o tórax desprotegido ao sol, até 72 horas após o exame, pois pode surgir irritação da pele, no local da colocação dos eletrodos.

Dúvidas? Fale Conosco